A BÍBLIA DE GENEBRA DE 1560




tradução e adaptação de Lucio Manoel

Retirado do livro de oração das Igrejas Reformadas Canadenses: Our Reformed Church Service Book, G. Van Rongen [1].

Durante o reinado de Maria Tudor, as Bíblias [2] foram tiradas das igrejas da Inglaterra. Muitos que haviam aderido a Reforma tiveram de fugir para o continente, e um grande número deles se estabeleceu em Genebra. Ali a Bíblia de Genebra foi produzida, influenciada por Teodoro de Beza, sucessor de Calvino.

Esta versão inglesa também ocupou um importante lugar na história da Bíblia em Inglês. A porção do Novo Testamento foi uma tradução de William Whittingham, publicada em 1587. Esta foi a primeira versão da Bíblia com divisão em versos. Os versos haviam sido anteriormente introduzidos por Robert Stephanus na quarta edição de seu Texto Grego do Novo Testamento (1551).

Outra característica da Bíblia de Genebra é que as palavras que foram introduzidas na tradução para dar mais clareza ao sentido das sentenças, mas que não constavam no texto original, foram impressas em itálico – método esse que foi adotado pelas versões posteriores, tal como a Versão Autorizada do Rei Tiago (1611) e a versão holandesa Statenvertaling de 1637 [3]. Nas notas marginais, constava anotações polêmicas apontando o caráter heréticos das doutrinas e práticas católicas romanas. Um ponto de menor importância deu a esta versão o nome popular Breeches Bible. Ela levou este nome da tradução da palavra usada para a primeira roupa usada por Adão e Eva (Gn 3.7). Em 1559 foi publicada a tradução do livro dos Salmos, e em 1560 a Bíblia inteira estava disponível. Quando Maria Tudor foi sucedida no trono por Elisabete I, a Reforma na Igreja da Inglaterra foi restaurada, e a edição completa da Bíblia de Genebra foi dedicada à nova rainha, contudo, isso não significa que ela foi oficialmente adotada.

Bíblia de Genebra, edição de 1560, Disponível em Amazon:

https://www.amazon.com/Geneva-Bible-Protestant-Reformation/dp/1598562126

NOTAS

[1] Rongen, G. Van. Our Reformed Church Service Book. USA: Inheritance Publications, 1995, p. 19,20.

[2] As versões inglesas correntes, entre elas, a de Wyclif, a de Tyndale, a de Coverdale, entre outras.

[3] Tradução do Estado.

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