SÉRIE: RESUMO - APRESENTAÇÃO DE LIVROS. HUMILDADE: A VERDADEIRA GRANDEZA

HUMILDADE: A Verdadeira grandeza. Mahaney, C. J. Editora Fiel, 2008.
por Lucio Mauro

Quero fazer a apresentação de um livro que nos últimos anos alterou a minha maneira de agir e de vê as coisas. Sentimento semelhante a esse eu havia sentido quando li os sermões do dr. Nelson Closterman sobre a família, publicado pelo projeto Os Puritanos, através da revista os puritanos. Quero apresentar o livro HUMILDADE: VERDADEIRA GRANDEZA.

Neste livro, o pastor C. J. Mahaney fala do maravilhoso dom – humildade – de uma maneira alegre, ou como ele mesmo prefere “humildade é uma coisa engraçada.”

Poucos escritores sentem-se encorajados a escreverem sobre este tema, haja vista o fato de parecer que, neste caso, o escritor já tenha alcançado esta graça de ser humilde. Mahaney, pelo contrário, reconhece que o pecado do orgulho – o homem se achando lutando contra Deus – sempre estará a nos incomodar e que ele mesmo tem sempre um exemplo de orgulho para mostrar aos seus leitores.

O livro divide-se em três partes:
Nosso Maior Amigo, Nosso Maior Inimigo. A Batalha da Humildade Contra o Orgulho; A Grande Inversão: Nosso Salvador e o Segredo da Verdadeira Grandeza;
Nossa Grande Busca: A Prática da Verdadeira Humildade.

Na primeira parte, “Nosso Maior Amigo, Nosso Maior Inimigo. A Batalha da Humildade Contra o Orgulho”, o autor nos ensinará através de uma análise na cultura do orgulho que permeia a todos, que Deus promete recompensar àqueles que com humildade reconhecem seu estado de rebeldia e o busca o benefício de Deus conforme diz o autor “Uma pessoa humilde é aquela que atrai a atenção de Deus, e, neste sentido, atrair a atenção dEle também significa atrair sua graça”. Segue ainda alertando para os perigos do orgulho. Aponta que o homem orgulhoso quando está precisando de ajuda, fica cego e desafia toda lógica. O orgulho salienta Mahaney, “não só parece ser o primeiro pecado, mas também está no centro de todo pecado”.

No meio do livro, tendo nos advertido de que estamos prosseguindo para um terreno mais complexo, nosso escritor mostra o orgulho que estava presente no caráter dos discípulos que buscavam reconhecimento e grandeza, mas que pela misericórdia de Deus tiveram seus planos de auto-glorificação redefinida e purificada para servir e não para ser servido. Neste sentido Jesus é apresentado como a “Grandeza Demonstrada” com resignação liderando o caminho da cruz. Ele não trilhou o caminho de muitas dores até o Calvário por constrangimento, mas por amor. Para servir a muitos. Então, podemos ver nossos próprios rostos entre aqueles ambiciosos como o jovem rico, Tiago e João, ou outros discípulos que buscavam seus próprios interesses.

Todavia, o autor não nos deixa na encruzilhada. Ele nos apresenta o evangelho da graça que é “As Boas Novas” que nos transforma como transformou a Tiago e João. Ainda que permaneça uma tendência para pecar “uma mudança fundamental e radical ocorreu” em nós. Esta é a promessa do evangelho que nos é apresentada aqui: que a morte poderosa de Jesus na cruz, transforma.

Na última parte, J. C. Mahaney, nos ensina sobre “Nossa Grande Busca: A Prática da Verdadeira Humildade”. Como é que nosso dia começa! Estamos enfraquecendo nosso maior inimigo e fortalecendo nosso maior amigo à sombra da cruz! Estamos refletindo diariamente sobre a maravilha da cruz! Ela nos mostra como fazer isso.

A lista apresentada por Mahaney é bastante útil. Ele nos ensina a começar o nosso dia reconhecendo a necessidade de Deus; expressando gratidão a Deus; praticando disciplinas espirituais; aproveitando as idas e vindas do nosso dia; lançar nossos cuidados diante de Deus para permanecer fortalecidos. O autor reconhece que mesmo o ato de dormir nos ensina que isto é um dom de Deus e que nos mostra como nós somos impotentes por nós mesmos e totalmente dependente dEle. Não devo puxar glória para mim, mas devo dar toda glória a Deus somente.

Dando seqüência a sua lista, Mahaney aponta o estudo sobre os atributos de Deus como útil para levar o homem a reconhecer a terrível distância que existe entre Deus e ele. Também devemos estudar as doutrinas da graça e do pecado.

Devemos sempre identificar evidências da graça de Deus sobre a vida dos nossos irmãos, e não sermos tentados a destacar sempre seus defeitos. Isso tanto em nossas famílias como na igreja. Devemos encorajar aos outros com palavras de poder e propósitos edificantes (Ef 4.29). Devemos evitar palavras que trazem “Deterioração”, mas no lugar disso devemos edificar uns aos outros com palavras apropriadas.

Devo mencionar especialmente a citação de Hebreus 3.12 a 13. “Exortem uns aos outros todos os dias”. Esta deve ser uma prática diária necessária em cada crente. Este princípio praticado no meio do povo de Deus promove correção e nos auxilia a enxergar se nossos corações são fiéis ao Senhor. Estar juntos nos cultos não é suficiente para curar nossas cegueiras. Sempre precisamos de ajuda para nos auxiliar na guerra interior que nunca acaba. Guerra contra o orgulho.

Precisamos “responder às provações com humildade”. Sabemos que neste mundo teremos aflições, mas não devemos estar confusos e reclamantes, como esteve o profeta Habacuque no inicio de seu livro, mas devemos conservar nossas orações centradas em Deus como observamos no profeta do final do livro. Lá Habacuque enfatiza a salvação de Deus e não os seus sofrimentos transitórios. Devemos por isso, esperar pacientemente por nosso salvador. Regozijemo-nos nEle.

Curiosamente, o próprio autor reconhece que não é o melhor exemplo daquela humildade que ele vem ensinando, mas ressalta que devemos ser um exemplo para os nossos filhos definindo a eles a “Verdadeira Grandeza” e ensinando-os a admirá-la e sendo um bom servo na Igreja de Cristo.

“Uma Palavra Final”. O nosso autor chega ao final de seu livro conduzindo nossos olhos na direção de nosso salvador Jesus. Pois é nEle que reside todo tesouro da sabedoria; não há outro nome senão o dEle para salvação daquele que crê.

“Tu és o único responsável por esta mudança gloriosa e atribuo toda a glória a ti”, Senhor.

Recomendo a compra deste livro como a aquisição de um tesouro inestimável.

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