PENA DE MORTE

por GERSON JÚNIOR
Devidamente autorizado

Escrito originalmente como resposta a questão da pena de morte ser algo substituido no Novo Testamento pela "Lei do Amor", levantada por um estudante de teologia do municipio de Paulista (autorizado), Pernambuco.

EMERSOM (Nininho)
Paz! Faltou o mais importante dos nomes... Pena que Ele não possa estar dentro do livro, JESUS!Caro amigo Lúcio, seria mais interessante lermos dia do Senhor 2, P.4. do catecismo. O que a lei de Deus exige de nós?Mt 22.37-40 "Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas." Dt 6.5 Lv. 19.18.Como podemos ver no sermão da monha Jesus fala acerca de vingança, amar os inimigos e do ódio.a cerca da vingança como podemos ver em Lv 19.18 está em Mt 5.38-42 e Lc 6.29-30. Jesus depois fala de amar o inimigo Mt 5.43-48. Quem seria estes inimigos? Jesus veio dar o sentido completo da lei, também está inserido o ensinamento sobre o ódio, que está em Lv.19. 18 que é a lei! Mt 5.21-26. Jesus revoga o que Moisés diz, porque Ele é o próprio Deus Mt 11.27;17,5;28.18. A questão não é o que a filosofia de alguém quer dizer, e sim quem prevalece é a Palavra de Deus. Muito importante ter citado nomes como Lutero e Agostinho. De vez enquando... Os reformados falam muito de Calvino, e os pentecostais de Gunar e Daniel. faço como um grande irmão meu me disse: "Esse negócio de Calvinismo, de arminianismo, parece até que são maiores. O Evangelho é de Cristo, é que devemos citar... Cristo". ((Puritano Madson). Continua...Paz!

GERSON JÚNIOR
Querido Nininho, saudações ... Agradeço de coração a sua postagem e confesso que fiquei muito feliz com a sua sinceridade. Contudo, isso não me impossibilitará de fazer algumas observações. Primeiro, você diz que eu não devo esquecer que "os seres humanos são constituídos também de sentimentos". Isso é verdadeiro e concordo plenamente contigo. Porém, o problema é que os seres humanos não devem, jamais, serem regidos pelos sentimentos. Os sentimentos entram como um componente, mas nunca devem ser um determinante das ações humanas. No caso de nós, cristãos, a questão ainda é mais delicada, porque devemos viver não pelos sentimentos, nem pela razão, e muito menos pela emoção, mas sim pela fé, como diz o apóstolo (Rm: 1.17; II Cor: 5.7). Em segundo lugar, você diz que a "A lei foi dada aos israelitas não a nós". Desculpe-me, mas isso é um equívoco. Infelizmente, não temos aqui espaço para tratarmos o assunto de maneira detalhada. Mas considere que todo pecado é transgressão da lei (I João: 3.4), e onde não há lei, não há pecado (Rm: 3.20; 4.15; 7.8). Sendo assim, se a lei foi dada somente aos israelitas, então somente eles é que poderiam pecar; e todos os gentios estariam isentos dos seus pecados porque a eles não foi dada a lei. Mas não é isso que as escrituras ensinam. É bem verdade que a Revelação Escrita de Deus foi dada, inicialmente, aos israelitas, o seu povo na antiga aliança. Todavia, essa mesma lei foi colocada no coração de todos os homens, quer gregos, judeus, gentios, brasileiros, etc ... (Leia, com atenção, Rm: 2. 12 - 16, especialmente o verso 15, onde Paulo diz que os gentios têm lei gravada em seus corações). Além disso, ainda hoje, todos os que pecam, inclusive nós, pecamos porque transgredimos algum dos mandamentos (Tiago: 2. 1 - 12, especialmente os versos 8 - 12). Por esses versos, fica difícil acreditar que a lei não foi dada somente aos israelitas. Mas não podemos permanecer nessa discussão, pois temos que voltar para o tema em foco. Não fique admirado, mas o princípio da pena de morte é estabelecido nas escrituras antes mesmo de Deus entregar sua lei escrita ao seu povo, por intermédio de Moisés. Já em Gênesis: 9.6, há uma legitimação bíblica para a pena de morte, e a causa disso é porque os homens são criados à imagem de Deus. Deus diz a Noé que quem matar, morre. Adiante, acompanhando o progresso da revelação bíblica, temos outras referências que validam a pena de morte. Por exemplo, Deus diz a Moisés que "quem ferir a outro, de modo que este morra, também será morto" (Êxodo: 21.12). Leia também: Levítico: 24.17; Números: 35.30. Se olharmos para os profetas e os escritos posteriores, encontraremos o mesmo princípio estabelecido. Portanto, é mais um equívoco pensar que a bíblia não legitima a pena de morte, quando temos inúmeros textos que corroboram tal ação. Entretanto, alguns podem dizer: "mas isso é no Antigo Testamento". Pois bem, passemos a demonstrar o princípio da pena capital no Novo Testamento. Comecemos pelo próprio Cristo. Ele mesmo afirmou o princípio da pena de morte ao dizer "todos os que lançam mão da espada pela espada perecerão" (Mateus: 26.52). É o velho provérbio: "quem com ferro fere, com ferro será ferido". O Apóstolo Paulo, ainda mais claro, demonstra o pricípio da pena de morte em Romanos: 13. 1 - 7. Especialmente, no verso 4, Paulo diz que as autoridades (não qualquer homem como eu e você), mas as autoridades constituidas e legitimadas por Deus trazem a espada para julgar o mal. No contexto em que Romanos foi escrito, trazer a espada não era para enfeitar nem para adornar, mas sim para matar, e matar mesmo. Além de Cristo e Paulo, até mesmo o considerado apóstolo do amor, João, confirma o princípio da pena de morte. Em Apocalipse: 13.10, ele diz com claras letras: "se alguém matar à espada, NECESSÁRIO é que seja morto à espada", e, na continuação do verso, ele diz que é aqui é que encontramos a fidelidade dos santos. Mais uma vez, espada nesse contexto é morte na certa. Bem, não posso me alongar, para não me tornar cansativo, e nem posso me deter nas explicações desses textos. O que eu quero que o querido irmão entenda é que o amor Cristão não elimina a justiça de Deus revelada nas escrituras. Além disso, não estou defendendo que qualquer pessoa possa matar outra em nome da pena de morte. Quem deve executar a pena de morte, é outra questão. Aqui estou tentando mostrar que, pelas escrituras, a pena de morte é legítima, porque Deus a estabeleceu. Se a sociedade é corrupta ou não, é outra questão. Se iremos executar alguém inocente é outra questão. Mas isso não pode eliminar um preceito das escrituras. Para terminar, se o querido não sabe, foram santos homens de Deus, pastores e ministros do evangelho, sobretudo os puritanos, que estabeleceram a pena de morte nos Estados Unidos. Com isso, fica um registro histórico de que a igreja Cristã, pelo menos na América, aceita a pena capital. Sem mais, a Deus toda Glória! Gerson.


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